Mire-se bem. O suficiente para...
O que vê? Rosto anguloso, quadrado ou oval;
lábios bem desenhados em
forma de coração, pequenos ou volumosos;
olhos amendoados, grandes ou
puxados; nariz arrebitado, fino ou adunco;
cabelos longos, curtos ou medianos;
pele morena, clara, com ou sem acne. Nada mal.
Mas veja bem, o espelho está sujo, embaçado mesmo.
Limpê-mo-lo.
O que vê agora? Praticamente as mesmas características,
acrescentando-se alguns
traços significativos de falta de altruísmo,
linhas de inexpressão em ações sociais
e muitas vezes ausência de maciez no trato com os semelhantes.
Ainda há poeiras esparsas no espelho.
Um retoquezinho aqui, outro acolá.
Pronto! Observe-se novamente. E então?
Bem... Alguns precoces fios de cabelos
brancos, provocados, talvez, pela pouca tenacidade no trato com assuntos
realmente importantes como erradicação da fome;
certa falta de brilho no olhar
quando o assunto em foco não é relacionado com o próprio ego.
Provavelmente
isso ocasiona estas manchas escuras bem aqui,
abaixo dos olhos, além de gerar
semblante “carrancudo” para expressar
descontentamento com o mundo ao redor,
nunca consigo mesmo.
E aí? Gostou do que viu?
Espelho espelho meu...
Tereza Rodrigues
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Uau!
ResponderExcluirForte isso!
Para parar, pensar e [...]