Quando as águas não movem para mim.



Ali costumava ficar grande número de pessoas doentes e inválidas: cegos, mancos e paralíticos. Jo. 5.3ª NVI


Quem não olhou para os lados e pensou estar numa zona de guerra ou mesmo num cenário de pós-guerra com toda sorte de desvalidos ao redor, onde o medo e o espanto estão constantemente à espreita?!

Tudo parece querer desmentir a palavra que diz que todas as coisas trabalham em conjunto para que aqueles que amam a Deus estejam bem!Rom. 8:28 – tradução Noêmica.

Esse cenário que salta diante de nossos olhos, tem sempre a intenção de minar nossa fé. É um aleijado ao lado, um faminto do outro, um esfolado mais adiante... Isso sem falar de temores e terrores dentro de nós.

Vontade de gritar como o salmista: Oh! Minha alma por que você está aí dentro de mim abatida?! Salmos 42:11

Não tenho pra mim que o crente pra ser crente precisa sempre viver no estatus de fortaleza total, mas também não acredito que não podemos passar por dias, meses ou até anos sombrios.

Esse homem é um dos muitos exemplos de perseverança e fé que a Bíblia nos apresenta.
Imagino como deve ter sido difícil para esse senhor... Sempre na expectativa do mover das águas e de repente água se moveu, mas não foi pra ele, alguém menos debilitado e muito mais ágil salta na frente e TCHIBUM!, salta primeiro e sai com um sorriso 15 pras 3 – assim costuma dizer a mana Andréa.

Vem aquela dorzinha de frustração e tristeza... Uma revolta mascarada. A auto-piedade infla na alma. Uma vontade de dar um “piti” de filho mais velho (aquele da passagem do filho pródigo) e “esfregar” todo nosso esforço na cara do PAI dizendo – Cara eu trabalho tantos anos pra você sem pedir nada e você honra aquele outro que não faz nada! Poupe-me!

Perceba que esse sentimento de auto-piedade até principiou a conversa, porque o Mestre pergunta se ele quer ser curado e ele responde o quê?!?! Não tenho quem me leve! Oras!!! 

Até parece que Jesus não sabia disso!!

Sentimento daninho e venenoso esse. Alguém disse que auto-piedade “É filha do egoísmo e da lamentação, afilhada do orgulho e irmã da necessidade de aprovação e da necessidade de atenção especial”.

Mas voltemos para o contexto da fé.

Sempre que a Noh exterior se fragiliza e quer engrossar a multidão dos insatisfeitos, revoltados e dos “sem fé”, a Noh interior ouve a voz doce e preciosa do Espírito Santo: Crer contra a esperança, em esperança.

Não deve ter sido fácil para aquele homem viver a beira de um milagre 38 longos anos, sem ninguém que o conduzisse até as águas, mas se de alguma forma ele permaneceu ali, talvez também ouvisse vez por outra essa mesma voz.

Sonhamos em ter, sonhamos em receber... Esperamos anos – às vezes desistimos de esperar.

Sabemos que somos filhos e filhas Daquele que envia o anjo que move as águas, Daquele que é multiforme e que quer entregar o que você precisa em mãos, quer providenciar um encontro pessoal contigo.

Apenas creia.
                                    


Crendo contra a esperança, em esperança (Romanos 4.18)
Noh Oliveira 

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