Onde possa sentir a brisa desgrenhar meus cabelos.
No lugar onde o sol queimar minha pele
Nos atalhos e nas estradas que empoeiram minha alma
Talvez entre florestas e folhagens - ainda que de passagem
Dizendo um adeus com sabor de permanência
Aqui, ali e acolá onde vida não há.
Juntinho e apertado, distante e ausente.
Aonde meu espírito levar
Perscrutando cavernas, desvendando mistérios.
Revelando segredos
Aparando arestas ou colando os cacos que despencar.
Recriando, refazendo ou renovando.
Onde quer que seja
Sinto o doce hálito ao ouvido
Som que orienta
Voz que Tranquiliza
Desfaz desassossegos de emoções
Põe termo aos meus medos.
Carimba e valida meus passos
Onde quer que seja ou que eu esteja
Direcionas meu olhar
Secas minhas lágrimas
Me transporta com carinho para o ninho
Tocando me faz serenar
Onde que seja ou que esteja
A tua mão me pode me alcançar.
(*)"Varekai" significa "onde quer que seja" na linguagem romena dos ciganos - os nômades universais.
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