Tem dias que a poesia amarga na boca
O sol brilha frio
Tem dias que o sorriso se torna amarelo
O choro embarga a fala
Tem dias que a solidão se faz companheira
As lágrimas cismam querer lavar o coração
Tem dias que tudo é mesmice
Que nada vale a pena mesmo a alma não sendo pequena*
A vida nega seu regaço
No amigo não há abraço
A esperança se desespera
Os pássaros se perdem no tom
O riso some da face
A rima perde sua métrica
Nesses dias teu olhar me envolve
Tua voz marca meu compasso
Teus beijos me trazem o fôlego
Teus olhos dão luz aos meus
Juntos, descobrimos novas paisagens
Brincamos de sermos os únicos
Sobreviventes num mundo vazio
Você sorri
Recobro a vida
Me beija
Sou toda inspiração
Tem dias...
Que saber-me amada
Faz toda a diferença
Noh Oliveira em estado poético
(*Fernandeando noemizadamente)
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